sábado, 24 de outubro de 2009

Marcha da PEC-300 leva mais de cinco mil às ruas da Capital

DULCINÉIA AZEVEDO

Mais de cinco mil pessoas participaram, ontem, da Marcha pela PEC 300, que poderá equiparar os salários das polícias dos demais estados com a do Distrito Federal. O movimento, que é encabeçado pelos policiais militares contou com a participação de policiais civis, agentes peniten-ciários, vigilantes e familiares.

As ruas do Centro da Capital foram tomadas por uma grande manifestação popular. O ponto de partida foi à Concha Acústica do Canal da Maternidade, onde participantes se concentraram desde as primeiras horas da manhã. De lá, saíram em destino ao palácio do governo, onde aconteceu a primeira reunião ordinária da PEC 300 em Rio Branco.
Ao fim da marcha, utilizando um carro de som, os membros da Comissão Especial da PEC 300 e representantes das quatro categorias que atuam na segurança pública do Acre, se pronunciaram. Pena que grande parte dos políticos e autoridades do Estado estavam no km 22 da BR-364, participando da inauguração do Reservatório de Resíduos Sólidos da Capital, e não puderam ouvir os acalorados discursos.

O deputado federal paraibano major Fábio (DEM), idealizador da marcha em âmbito nacional, destacou a importância do movimento. "É muito importante o debate da PEC 300, já que atende diretamente cerca de 700 mil pessoas entre policiais e bombeiros militares, além dos ativos e inativos em todo o Brasil que estão mobilizadas acompanhando a sua tramitação", frisou o parlamentar.

O deputado federal acreano, Ilderlei Cordeiro (PPS) também integra a Comissão Especial. Ele garantiu aos policiais acreanos que está empenhado na aprovação da matéria, que já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal, mas que precisa do clamor popular para sensibilizar os demais parlamentares.
Além da PEC 300, outras duas propostas de Emenda Constitucional estão tramitando no Congresso em Brasília, prevendo a paridade remuneratória dos servidores das carreiras operacionais das polí-cias civis dos estados e do Distrito Federal com os agentes da Polícia Federal (PEC 340); e criando as polícias penitenciárias federal e estadual (PEC 308).

DISPARIDADE SALARIAL - A disparidade sala-rial, tendo como base, as categorias do Distrito Federal, foi a grande queixa de todas as lideranças que participaram da Marcha da PEC-300. Um policial militar em início de carreira no Acre ganha em média R$ 1,8 mil, enquanto em Brasília, o mesmo soltado recebe uma remuneração de R$ 4,2 mil. No caso do agente penitenciário, a diferença é ainda maior: R$ 1.790,00 contra R$ 7.019,00. Juntas as categorias profissionais das policiais acreditam ser mais fácil chegar a um resultado satisfatório.

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