domingo, 18 de abril de 2010

Em nota, SEC diz que professores perderam prazo

Sáb, 17 de Abril de 2010 10:51
Secretaria de Educação emite nota sobre paralisação de professores e diz que a categoria perdeu prazo para reivindicar reajuste de salário, alegando proximidade do pleito eleitoral.

Leia Nota

Sobre a paralisação iniciada pelos professores licenciados do Acre, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) presta à sociedade os seguintes esclarecimentos:

1. A legislação vigente estabelece, em ano eleitoral, o dia primeiro de abril como data limite para a aprovação, na Assembleia Legislativa, de qualquer projeto de lei que conceda reajuste salarial ou reorganização de carreira para os profissionais do serviço público;

2. Esta limitação foi amplamente noticiada através dos meios de comunicação, tendo em vista os processos de negociação que ocorriam entre o Governo e diversas categorias do serviço público, desde o mês de janeiro de 2010;

3. A pauta enviada pelo Sindicato dos Professores Licenciados do Acre (Sinplac) foi protocolada na Secretaria de Estado de Educação dia 19 de março de 2010, portanto, destoando dos demais sindicatos que encaminharam suas pautas de reivindicação em dezembro de 2009 ou janeiro de 2010;

4. A pauta de reivindicação do Sinplac, além de ter sido entregue fora de prazo, exigia um reajuste linear de 15%. Nenhuma categoria do serviço público recebeu reajuste linear, devido às limitações financeiras do Estado e à Lei de Responsabilidade Fiscal, fato que era do conhecimento da diretoria do Sinplac.

5. Ao não levar em conta os prazos estabelecidos pela legislação, o Sinplac terminou por inviabilizar qualquer possibilidade de negociação, tendo em vista a exiguidade do tempo;

6. As negociações entre governo e demais sindicatos foram todas concluídas, com pactos construídos e leis aprovadas na Assembleia Legislativa do Acre, o que demonstra a disponibilidade do Governo em negociar;

7. Dessa forma, a falta de agilidade de uma instituição sindical não pode ser passada para a sociedade como um problema de intransigência do governo em negociar;

8. Por fim, a Secretaria de Estado de Educação ressalta que sempre esteve aberta ao diálogo com as entidades sindicais representantes dos trabalhadores em educação, fato que se reflete nos inúmeros acordos, pactos e leis construídas e que representaram avanço na valorização dos profissionais da Educação.

Da redação ac24horas com informações SEE

Última atualização em Sáb, 17 de Abril de

segunda-feira, 5 de abril de 2010

ENTREVISTA COM EDVALDO GUEDES

De Cafuas para o Acre, em nova versão, Edvaldo vem de Brasília amarela

Sáb, 27 de Fevereiro de 2010 15:07
Era cinco horas da manhã de sábado (27), quando estacionei meu carro em frente a placa com o nome: “Sitio Cafuas não me deixes”. O sereno da madrugada caprichosamente, avivou o verde dos 2,71 hectares de floresta.

O cenário para entrevista já estava pronto. Uma sacola plástica com pães manuais, “ovos estrelados” e uma jarra de suco de maracujá com limão. O que faltava na receita matinal, um senhor moreno de estatura média fazia ao lado da tapera de palha, erguidos por entre carros velhos e abandonados, galinhas, alguma plantação de mandioca, banana e placas com dizeres bíblicos e expressões de alta ajuda.

- Faz café com ovos estrelados para o repórter – gritou de dentro do quarto.

Pouco depois, lá vinha ele, com uma blusa listrada em tons azul e branco, calça preta e sapatos brancos. Estava diante de uma das figuras mais folclóricas da política acreana: Edvaldo Guedes, Texeirense, filho do Estado da Paraíba, o homem que venceu a seca e veio para o Acre, em 1972 [ano que nasci], trabalhar no Banco do Brasil.



Ao preparar o material para entrevista, ao ler alguns artigos, sabia que iria me deparar com um cidadão que já recebeu atestado de doido, que costumava fugir dos padrões que a sociedade julga correto, como o amor dele [de Edvaldo] à Cafuringa, o jumento que o projetou politicamente.

“Quero que me julgue mesmo! Isaac Newton diz que a matéria atrai matéria na razão direta de sua massa e na razão inversa do quadrado entre sua distância”, exclamou Edvaldo.


Tinha perguntado a ele, se acreditava que sua candidatura ao governo do Acre, como projeta, fosse igual a eleição de Cabide [vereador], que se elegeu com o voto do protesto.

Esse, porém, foi o único tópico mais polêmico do bate papo. Depois de tomarmos um café preto, que serviu para espertar o sono, o economista falou de miséria. Formado pelas Universidades de Campinas e do Acre, Edvaldo disse que nossa região precisa de trabalho, “cresceu como rabo de cavalo”, analisou.

- Cheguei aqui, na década de 70, o Acre estava acima de Rondônia, era uma terra rica. Hoje vivemos exatamente ao contrário, Rondônia lá em cima e o Acre na fome, na miséria, não se planta um caroço de milho nesse Estado.

Edvaldo defende uma transformação, um projeto que, segundo ele, “dê um choque anafilático em nossa economia”.

- É preciso diminuir os gastos do governo, criar super secretarias e não cabides de emprego como essas cooperativas fantasiosas do governo do PT que não assinam carteira dos trabalhadores.

-E qual a saída? Perguntei.

- Educação, temos que levar a Brasília como moeda de troca, um estado com uma população sem analfabetos – respondeu.

Ele critica o que chama de “importação de valores” as nomeações do atual governo, de técnicos e profissionais de fora do Estado. Ao citar as faculdades existentes no Acre, Edvaldo defende a valorização da prata da casa. E diz que vai governar – uma vez eleito, com o sistema de Sátrapa [ governadores das províncias do Império de Babilônia]

- Com corrupção zero esse é o grande lema desse modelo de governo que funcionou perfeitamente na antiga Babilônia. Vamos incentivar a produção para acabar com a fome, criando também os NARIS – Núcleo de Apoio Rural Integrado, com informática e mecanização Agrícola.

Edvaldo, que inova seu vocabulário ao falar de informatização, fala de projetos característicos, como a Construção de uma hidrelétrica no Rio Acre e a ligação de todo o Estado através de Ferrovias, “projeto defendido por Euclides da Cunha”, cita ao falar das ferrovias.

A entrevista foi gravada em uma câmera particular comprada para fazer o programa eleitoral. Embora ainda tenha que resolver problemas jurídicos por dupla filiação, o socialista assegura que desta vez é pra valer. Tanto que já inova, e de forma autêntica, será o único candidato a ter em sua estrutura de campanha, uma Variante 2 [a Brasília Amarela] e um Chevrolet 63 – 3 portas.

- Tudo na minha vida é sui generis, serei um candidato sui generis, desde a minha casa, a Cafuas, até o meu transporte de campanha.

Bem, Cafua é um termo que significa “esconderijo”, “lugar oculto”. O nome da colocação que sobrevive ao progresso da Via Verde, foi batizado por Ambrozio Elias, em 1975. A expressão “não me deixes”, foi tirada por Edvaldo do triste episódio da morte de Juscelino Kubitschek (JK), daí o nome: Sitio Cafuas não me deixes.

É de Cafuas que Edvaldo em sua nova versão, agora de Brasília Amarela, pretende se projetar para chegar ao palácio Rio Branco.

- Sou um homem pré-destinado – concluiu.

Jairo Carioca – Da Redação de ac24horas
Js.carioca@hotmail.com
Última atualização em Seg, 08 de Março de 2010 07:16

Comentários


0 #3 Maciel 02/03/2010 11:18
Voto no Edvaldo se o Cabide aceitar ser o vice...
Citação


+1 #

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Entrevista: Aécio Neves “Tenho orgulho de ser político”

O tucano Aécio Neves confirma que concorrerá ao Senado,
aponta as maiores fragilidades do discurso petista e diz
que é vital recuperar a dignidade da atividade política


Mario Sabino e Fábio Portela

Carlos Rhienck/Jornal em Dia

"É preciso implantar a meritocracia
na administração federal, e o PT
simplesmente não quer, não sabe
e não pode fazê-lo"

Em obediência à lei eleitoral que requer a desincompatibilização de políticos em posições executivas que pretendem concorrer nas próximas eleições, o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, de 50 anos recém-completados, passou, na última semana, o cargo a seu vice, Antonio Anastasia. Aécio saiu com 92% de aprovação da população mineira. A marca impressionante é resultado da administração de um governador que apostou tudo na meritocracia e, com ela, melhorou bastante todos os indicadores sociais, econômicos e educacionais do seu estado. Essa quase unanimidade em um colégio eleitoral de 14 milhões de votos faz dele o vice dos sonhos do candidato do PSDB ao Planalto, o governador paulista José Serra. Mas Aécio acredita que ajuda mais como candidato ao Senado por Minas Gerais. Disse Aécio a VEJA: “A aprovação do meu governo é a prova maior de que os resultados de uma gestão eficiente se impõem sobre o messianismo da era Lula”.

A que exatamente a população deu a aprovação de 92%?
As pessoas sabem o que é bom para elas, sua família, sua cidade, seu estado e seu país. A aprovação vem naturalmente quando elas percebem que a ação do governo está produzindo professores que ensinam, alunos que aprendem, policiais que diminuem o número de crimes e postos de saúde que funcionam. Quando você faz um choque de gestão e entrega bons
resultados ano após ano, não há politicagem que atrapalhe a percepção de melhora por parte da população. Quem tem 92% de aprovação está sendo bem avaliado por todo tipo de eleitor, até entre os petistas.

Os eleitores entendem o conceito de “choque de gestão”?
Quase todo mundo percebe quando a política está sendo exercida como uma atividade nobre, sem mesquinharias, com transparência e produzindo resultados práticos positivos. A política, em si, é a mais digna das atividades que um cidadão possa exercer. Os gregos diziam que a política é a amizade entre vizinhos. Quando traduzimos para hoje, estamos falando de estados, municípios e da capacidade de construir, a partir de alianças, o bem comum. Vou lutar por reformas que possam tornar a política de novo atraente para as pessoas de bem, que façam dessa atividade, hoje vista com suspeita, um trabalho empenhado na elevação dos padrões materiais, sociais e culturais da maioria. É assim que vamos empurrar os piores para fora do espaço político. Não existe vácuo em política. Se os bons não ocuparem espaço, os ruins o farão.

A máquina do serviço público é historicamente pouco eficiente. Como o senhor fez para mudar essa realidade?
Nós estabelecemos metas para todos os servidores, dos professores aos policiais. E 100% deles passaram a receber uma remuneração extra sempre que atingissem as metas acordadas. O governo começou a funcionar como se fosse uma empresa. Os resultados apareceram com uma rapidez impressionante. A mortalidade infantil em Minas caiu mais do que em qualquer outro estado, a desnutrição infantil das regiões mais pobres chegou perto do patamar das regiões mais ricas, todas as cidades do estado agora são ligadas por asfalto, a energia elétrica foi levada a todas as comunidades rurais e mesmo as mais pobres passaram a ter saneamento. Na segurança pública conseguimos avanços notáveis com a efetiva diminuição de todos os tipos de crime.

O desafio do PT sobre comparação de resultados de governos, então, lhe conviria?
Gostaria muito de contrapor os resultados obtidos pela implantação da meritocracia com o messianismo daqueles que apenas fazem promessas e propagam a própria bondade. Quando você estabelece instrumentos de controle e consegue medir os resultados das ações de governo, você espanta os pregadores messiânicos. Eles fogem das comparações. Mas para ter resultados é preciso que se viva sob um sistema meritocrático. Isso significa que as pessoas da máquina estatal têm de ser qualificadas, e não simplesmente filiadas ao partido político. O aparelhamento do estado que vemos no governo federal é um mal que precisa ser
erradicado.

Quais são as chances de o senhor ser candidato a vice-presidente da República na chapa de José Serra?
Serei candidato ao Senado. Eu tenho a convicção de que a melhor forma de ajudar na vitória do candidato do meu partido, o governador José Serra, é fazer nossa campanha em Minas Gerais. Eu respeito, mas divirjo da análise de que a minha presença na chapa garantiria um resultado positivo para o governador Serra. Isso não é verdade. Talvez criasse um fato político efêmero, que duraria alguns dias, mas logo ficaria claro que, no Brasil, não se vota em candidato a vice-presidente.

Nas últimas eleições, quem venceu em Minas venceu também a eleição presidencial. Acontecerá o mesmo neste ano?
Espero que sim, e acho que o governador Serra tem todas as condições para vencer em Minas Gerais e no Brasil. Eu vou me esforçar para ajudá-lo, repito, porque tenho um compromisso com o país que está acima de qualquer projeto pessoal. Esse compromisso inclui trabalhar para encerrar o ciclo de governo petista. Lula teve muitas virtudes. A primeira delas, aliás, foi não alterar a política econômica do PSDB. Ele fez bons programas sociais? Claro, é um fato. Mas o desafio agora é fazer o Brasil avançar muito mais, e é isso que nosso presidente fará.

A ministra Dilma Rousseff, candidata do PT ao Planalto, tem dito que o presidente Lula reinventou o país. Esse é um exemplo de discurso messiânico?
Sem dúvida. Se um extraterrestre pousasse sua nave no Brasil e ficasse por aqui durante uma semana sem conversar com ninguém, só vendo televisão, ele acharia que o Brasil foi descoberto em 2003 e que tudo o que existe de bom foi feito pelas pessoas que estão no governo atual. Os brasileiros sabem que isso é um discurso vazio. Não teria havido o governo do presidente Lula se não tivesse havido, antes, os governos do presidente Fernando Henrique e do presidente Itamar Franco. Sem o alicerce do Plano Real, nada poderia ter sido construído.

A ministra Dilma cresceu nas pesquisas e viabilizou-se como candidata competitiva. Isso preocupa o PSDB?
A ministra Dilma chegou ao piso esperado para um candidato do PT, qualquer que fosse ele. A partir de agora, ela terá de contar com a capacidade do presidente Lula de lhe transferir votos. Mas o confronto olho no olho com o governador Serra vai ser muito difícil para ela.

Na sua opinião, como será o tom da campanha presidencial?
Acho que, em primeiro lugar, a candidata Dilma terá de explicar logo como será sua relação com seu próprio partido, o PT, em um eventual governo. O PT tem dificuldades históricas de ter uma posição generosa em favor do Brasil. Quando a prioridade do Brasil era a retomada da democracia, o PT negou-se a estar no Colégio Eleitoral e votar no presidente Tancredo Neves. O PT chegou a expulsar aqueles poucos integrantes que contrariaram o partido. Prevaleceu uma visão política tacanha, e não o objetivo maior que tinha de ser alcançado naquele momento. Se dependesse do partido, talvez Paulo Maluf tivesse sido eleito presidente pelo Colégio Eleitoral. Ao final da Constituinte, o PT recusou-se a assinar a Carta. Quando o presidente Itamar Franco assumiu o governo, em um momento delicado, de instabilidade, e o PT foi convocado a participar do esforço de união nacional, novamente se negou, sob a argumentação de que não faria alianças que não condiziam com a sua história. Se prevalecesse a posição do PT, nós não teríamos a estabilidade econômica, porque o partido votou contra o Plano Real. O presidente Lula, com sua autoridade, impediu que o partido desse outros passos errados quando chegou ao governo. Mas o que esperar de um governo do PT sem o presidente Lula?

Qual é o seu palpite?
Eu acho que, pelo fato de a ministra Dilma nunca ter ocupado um cargo eletivo, há uma grande incógnita. Caberá a ela responder, durante a campanha, a essa incógnita. Dar demonstrações de que não haverá retrocessos, de que as conquistas democráticas são definitivas. A ministra precisa dizer de forma muito clara ao Brasil qual será a participação em seu governo desse PT que prega a reestatização, que defende uma política externa meramente ideológica, que faz gestos muitos vigorosos no sentido de coibir a liberdade de expressão.

E o PSDB, falará de quê?
Nosso maior tema será lembrar aos brasileiros que somos a matriz de todos os avanços sociais e econômicos do Brasil contemporâneo. Nós temos legitimidade para dizer que somos parte integrante do que aconteceu de bom no Brasil até agora. Se hoje o país está numa situação melhor, foi porque nós tivemos uma participação decisiva nesse processo. Houve a alternância do poder, que é natural e saudável, mas está na hora de o PSDB voltar ao poder. Está na hora de o país ter um governo capaz de fazer a máquina pública federal funcionar sem aparelhamento. É preciso implantar a meritocracia na administração federal, e o PT simplesmente
não quer, não sabe e não pode fazê-lo. Às promessas falsas, ao messianismo, aos insultos pessoais, aos ataques de palanque, vamos contrapor nossos resultados nos estados e a receita de como obtê-los também no nível federal.

O senhor acha que os brasileiros são ingratos com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso?
Eu acho que hoje não se faz justiça a ele, mas tenho certeza absoluta de que a história reconhecerá seu papel crucial. Como também acho que se fará justiça ao presidente Itamar Franco, que permitiu a Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda, fazer e aplicar o Plano Real.

Se vencer a disputa presidencial, Serra diz que tentará acabar com a reeleição.
Eu prefiro mandatos de cinco anos, sem reeleição. Defendo isso desde 1989. Mas, hoje, pensar nisso é irreal. A reeleição incrustou-se na realidade política brasileira de maneira muito forte. A prioridade deveria ser uma reforma política que incluísse o voto distrital misto. Isso aproximaria os eleitores dos deputados e ajudaria a depurar o Parlamento.

O senhor, um político jovem, bem avaliado, duas vezes governador de um grande estado, ainda deve almejar chegar à Presidência, não?
Eu tenho muita vontade de participar da construção de um projeto novo para o Brasil, em que a nossa referência não seja mais o passado, e sim o futuro. Sem essa dicotomia que coloca em um extremo o PT e no outro o PSDB, e quem ganha é obrigado a fazer todo tipo de aliança para conseguir governar. Assim, paga-se um preço cada vez maior para chegar a sabe-se lá onde. O PT deixou de apresentar um projeto de país e hoje sua agenda se resume apenas a um projeto de poder. Eu gostaria de uma convergência entre os homens de bem, para construir um projeto nacional ousado, que permita queimar etapas e integrar o Brasil em uma velocidade muito maior à comunidade dos países desenvolvidos, de modo que todos os brasileiros se beneficiem desse processo.

Mas o Brasil já está direcionado nesse rumo, não?
Está, mas é preciso acelerar a nossa chegada ao nosso destino de grandeza como povo e como nação. Eu fico impaciente com realizações aquém do nosso potencial. O Brasil pode avançar mais rapidamente com um governo que privilegie o mérito, que qualifique a gestão pública, para que ela produza benefícios reais e duradouros para a maioria das pessoas, que valorize o serviço público e cobre dele resultados. Um governo que tenha autoridade e generosidade para fazer acordos. Meu avô Tancredo Neves costumava dizer que há muito mais alegria em chegar a um entendimento do que em derrotar um adversário. Eu vou ser sempre um construtor de pontes. Quanto a chegar à Presidência da República, tenho a convicção de que isso é muito mais destino do que projeto.

Acre receberá R$ 53 milhões para escolas e ensino profissionalizante

O recursos servirá para construção de seis novas escolas técnicas estaduais, reforma e ampliação de outras 22 unidades e compra de material pedagógicoDa Redação com Ascom do MEC
A educação profissional do Acre ganhará um reforço de R$ 53 milhões. Desse valor, R$ 38,7 milhões são relativos ao convênio assinado ontem, em Brasília, entre o Ministério da Educação e o Instituto Dom Moacyr, órgão responsável pela educação profissional no governo acreano. Outros R$ 14,4 milhões serão conveniados com a secretaria estadual de Educação. Os recursos, do programa Brasil Profissionalizado, servirão para construção de seis novas escolas técnicas estaduais, reforma e ampliação de outras 22 unidades e compra de material pedagógico. Participaram da assinatura do convênio com o ministro da Educação, Fernando Hadad, o governador Binho Marques, o senador Tião Viana, os deputados federais Nilson Mourão, Fernando Melo e Perpétua Almeida, além da secretaria estadual da Educação, Maria Correa, e o presidente do Instituto Dom Moacyr, Irailton Lima. O governador Binho Marques destacou a articulação entre as esferas de poder na construção do programa e a importância da educação profissional para o desenvolvimento regional. “Esta política é de inclusão social, o que no estado chamamos de florestania. Cidadania para os povos da floresta”, disse. O ministro Fernando Haddad, por sua vez, afirmou que o Acre já está colhendo os frutos dos investimentos educacionais dos últimos anos. “A melhora em todos os índices demonstra acerto na política. O Brasil Profissionalizado vai contribuir ainda mais com o desenvolvimento do estado”, afirmou Haddad. As novas unidades que serão construídas pelo programa nos municípios de Brasiléia, Feijó, Tarauacá, Xapuri e Rio Branco (duas) seguirão o modelo padrão do MEC, com seis laboratórios, 12 salas de aula, biblioteca e capacidade para atender 1,2 mil estudantes. Também participaram da solenidade o secretário de educação profissional do MEC, Eliezer Pacheco, e o presidente do FNDE, Daniel Balaban.