A capital acreana figura entre as que estão em pior situação de miséria no país segundo a o Índice de Desenvolvimento Familiar (IDF). A pesquisa, divulgada nesta semana pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), mostrou que Rio Branco ficou com índice 0,49, dividindo o segundo lugar entre os municípios mais pobres do país, como Manaus, no Amazonas; e Belém, no Pará.
As capitais que apresentaram o pior índice foram Porto Velho, em Rondônia; e Macapá, no Amapá, com 0,48, de acordo com o ministério. Os melhores índices foram conquistados por Belo Horizonte e Salvador, com 0,58; e Curitiba, com 0,59.
O IDF é calculado com base em informações como vulnerabilidade, acesso ao conhecimento, acesso ao trabalho, disponibilidade de recursos, desenvolvimento infantil e condições habitacionais das famílias. Essas informações têm base no Cadastro Único do Programa Bolsa-Família.
Todos os municípios acreanos tiveram péssimos resultados. O que obteve o índice mais baixo foi Jordão, com 0,35, seguido de Marechal Thaumaturgo, com 0,38, o mesmo índice de Santa Rosa.
O problema dessa pesquisa é que esse índice não pode ser considerado municipal, porque os dados analisados na pesquisa contemplam apenas os dados informados ao Bolsa-Família, em cada cidade. Para ser municipal, seria preciso uma amostra de todo o município e não apenas as famílias constantes no cadastro do programa.
O prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, foi questionado sobre o baixo IDF apresentado pela capital, mas, por falta de tempo, preferiu não comentar o assunto. “Tenho um evento para ir agora”, justificou. (Gilberto Lobo)
IDF dos municípios acreanos
Jordão: 0,38
Feijó: 0,41
Tarauacá: 0,42
Porto Walter: 0,41
Cruzeiro do Sul: 0,45
Rodrigues Alves: 0,42
Mâncio Lima: 0,46
Sena Madureira: 0,45
Assis Brasil: 0,45
Brasiléia: 0,46
Capixaba: 0,46
Plácido de Castro: 0,49
Acrelândia: 0,48
Rio Branco: 0,49
Porto Acre: 0,43
Bujari: 0,45
Santa Rosa: 0,38
Xapuri: 0,47
Epitaciolândia: 0,45
Manuel Urbano: 0,42
Senador Guiomard: 0,46
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