domingo, 5 de setembro de 2010

Binho pede que Globo corrija erros sobre indicadores do Acre

No JN no ar de Feijó e Rio Branco, o jornalista Ernesto Paglia apontou mortalidade infantil de 29,8 a cada mil nascidos vivos, baseado em cálculo estimativo do IBGE para 2008.Da Redação da Agência ContilNet
Governador do Acre, Binho Marques
As informações sobre os indicadores do Acre divulgadas pela Rede Globo na terça-feira, 31 de agosto, não agradaram ao governador Binho Marques, que enviou uma carta à Central de Jornalismo da emissora contestando a matéria veiculada pelo Jornal Nacional.

Veja o que diz o governador.


À Central Globo de Jornalismo;

Para corrigir informações veiculadas no Jornal Nacional e Jornal da Globo de terça-feira, 31 de agosto, consideramos importante a apreciação dos dados a seguir:

Na entrevista à candidata Marina Silva, a apresentadora Cristiane Pelajo afirmou que o Acre tem um índice de 10,7% de analfabetismo, como se isso fosse reflexo do insucesso do atual governo.

Sejamos justos: o índice de analfabetismo medido pelo IBGE em 2008 para o Acre é de 13,8%. Mas, este mesmo índice do IBGE de 2000, era de 23,8%. Ou seja: no período de 2000 a 2008, sob a administração do PT e Frente Popular, o índice de analfabetismo teve uma queda de 42%.

Vale ressaltar que, na avaliação do SAEB de 1997, o Acre se encontrava em 27° lugar no ensino de 1ª a 4ª séries; em 21° no ensino de 5ª a 8ª séries e em 21° colocado no ensino médio. Agora, mesmo sob a avaliação do IDEB que substituiu o SAEB em 2005, o Acre se encontra em 10° lugar em ensino do 1ª a 4ª séries; em 7° lugar no ensino de 5ª a 8ª séries e em 4° lugar no ensino médio. Em síntese, em menos de 10 anos, o Acre evoluiu da última colocação para uma posição entre os dez melhores sistemas de ensino do país na atualidade.

Na mesma entrevista, Cristiane Pelajo afirmou que 54% dos domicílios do Acre não possuem água encanada, quando a informação correta é que 69% das residências possuem água canalizada.

A informação de que 73% dos domicílios não têm esgoto também está incorreta, porque 55% das residências são assistidas por alguma modalidade de esgotamento sanitário, seja por rede coletora, seja por fossa séptica característica da região e aceita pela OMS.

Mortalidade infantil

No JN no ar de Feijó e Rio Branco, o jornalista Ernesto Paglia apontou mortalidade infantil de 29,8 a cada mil nascidos vivos, baseado em cálculo estimativo do IBGE para 2008. Na contagem direta aceita pelo DATA/SUS e Ministério da Saúde, a mortalidade infantil registrada em 2008 no Acre foi de 18 a cada mil nascidos vivos.

A diferença verificada entre a projeção do IBGE e o registro direto DATA/SUS é que a estimativa IBGE 1991/2030 foi baseada no ritmo de crescimento que o Acre apresentava à época. Ocorre que, com a aceleração do crescimento e melhorias no serviço público promovidas pelos governos da Frente Popular a partir de 1999, as projeções do IBGE ficaram defasadas.

O registro direto DATA/SUS aceito pelo Ministério da Saúde aponta uma redução na mortalidade infantil no Acre entre 1998 e 2008 na faixa de 48,3%, enquanto o percentual da queda da mortalidade infantil no âmbito nacional entre 1998-2008 é de apenas 29,8%.

Esperamos que os dados disponibilizados acima contribuam para a correção das informações.

Atenciosamente,

Binho Marques, Governador do Acre

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