sábado, 21 de novembro de 2009

MEDICOS FORMADOS EM OUTROS PAISES TERÃO DIPLOMAS REVALIDADOS

Estudantes formados no exterior terão diplomas revalidados pela UFACO edital com as regras que irão disciplinar os exames será publicado em janeiro de 2010Assem Neto
A deputada Perpétua Almeida participou da reunião com o ministro Temporão
“O Brasil precisa de vocês. 2010 será o ano da revalidação dos seus diplomas”, anunciou o ministro José Gomes Temporão (Saúde), na tarde de ontem, em Brasília, durante audiência com os médicos formados no exterior.

A Universidade Federal do Acre (Ufac) está confirmada entre as 21 instituições que aderiram ao projeto piloto para a realização de provas teóricas e práticas, previstas para março do próximo ano. O edital com as regras que irão disciplinar os exames, no entanto, sairá em janeiro.


Quase a totalidade dos prefeitos acreanos já manifesta apoio à luta dos profissionais, que dependem do registro no Conselho Federal de Medicina (CFM) para exercerem a profissão. Pela manhã, durante reunião com os ministros da área social, após ter declarado apoio institucional e pessoal aos médicos, ordenou pressa na condução do caso.


Ao todo, foram listadas 455 cidades brasileiras sem nenhum profissional na área de saúde. “É inaceitável”, observou Temporão, que conheceu, a partir de uma explanação da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) os avanços obtidos até então do Acre, um dos mais adiantados na atenção aos profissionais diplomados na Escola Latino-Americana de Medicina (Élan), sediada em Havana, Cuba. O


“Em nome dos mais de 50 acreanos formados em Cuba e outros mais de 5 mil que hoje cursam Medicina na Bolívia, encaminhamos um compromisso oficial do governo Binho Marques, do Ministério Público Federal, Ufac e da Bancada federal em Brasília. Nossa meta é fechar um termo de ajustamento de conduta, a fim de garantir a permanência desses médicos por no mínimo dois anos no interior do Acre. Eles querem trabalhar, estão capacitados para isso, e o Acre, embora tenha investido bastante nesta área ainda se ressente de profissionais nas regiões mais pobres de seu território. É uma realidade brasileira a carência de mão-de-obra para salvar vidas”, explicou a deputada.


Janilson Lopes, que preside a Associação Nacional de Pais e Médicos Formados em Cuba, refez o apelo para que o governo reconsidere a complementação pedagógica como uma segunda chance de aprovação caso os médicos sejam reprovados nos exames práticos e teóricos. O assunto será tratado em novas reuniões de forma a atender as reivindicações dos médicos mas sem ferir a autonomia das universidades, às quais caberia decidir se abririam ou não a complementação das disciplinas Regulamentação do SUS e Epidemiologia como uma segunda chance àqueles que não alcançarem a média de aprovação nas provas teóricas e práticas. “No mínimo, iremos incentivar as universidades a isso”, concluiu o ministro.

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